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O enigmático Mar de Bronze
No pátio central havia duas construções muito significativas; o altar dos holocaustos e o "mar de bronze". Este último era uma gigantesca pia de bronze, de 10 côvados de diâmetro, pois era redonda, e 5 de profundidade, apoiada em doze touros, também de bronze, dispostos de três em três segundo a orientação dos quatro pontos cardeais. Tendo em conta que a pia era de uma só peça, e que o método para obter os objetos de bronze era o da "cera perdida", é evidente que os artífices da obra deviam ser alguns metalúrgicos consumados, procedentes de um país de longa tradição em metalurgia, culturalmente relacionado com os fenícios, provavelmente iberos ou sardônios, lembrando o alto nível destes dois povos na tecnologia do bronze, a julgar pelos objetos produzidos em suas regiões arqueológicas respectivas.
Calculava-se que o mar de bronze continha uns 45.000 litros de água, e seu significado não tem nada a ver com a explicação que tradicionalmente vem sendo repetida desde os tempos de Flavio Josefo, isto é que era usado como pia para as abluções sacerdotais. O mar de bronze era, nem mais nem menos, que uma representação do Cosmos sumério, segundo sua teoria do Eab-Zu, explicada no artigo dedicado a esta civilização na mesma obra, e presente, como difusão dela, em todas as culturas megalíticas do mundo.
O Eab-Zu era o "espírito sujeitador das ondas energéticas do caos", o princípio de todas as coisas visíveis e invisíveis, o "construtor" do "átomo primitivo" que entra em todas as matérias, isto é, do hidrogênio. Eab-Zu era o "criador do Universo", e o nome do Senhor, como já dissemos, não é mais que uma corrupção do antigo nome sumério, segundo a seguinte série de conversões fonéticas semíticas: Eab-Zu, Eav-Zu, Aau-Zú, Yau-Zú, Yahué, Yahvé (Senhor). Sua representação mitológica era, com referência a seu duplo aspecto de antepassado de todas as coisas, inclusive dos homens, associado ao macho cabra-peixe dos acádios e babilônios (o Oanes ou Ea, deus da água vital ou da água fértil) em sua manifestação masculina, e a sereia Dogón em seu complemento feminino. Sendo assim, depois de sua estância no Egito, o Yahú aquático dos seguidores de Abrahão voltou à Palestina revestido da imagem ofídica que os egípcios, como todas as culturas megalíticas e pós-megalíticas do mundo inteiro, atribuiam aos antepassados, segundo a crença que as serpentes eram as reencarnações dos mortos.
O senhor, Serpente de Bronze
Acerca desta representação ofídica do Senhor não cabem dúvidas nem poréns: o próprio Moisés foi quem fabricou a "Serpente de Bronze" por mandato do próprio Senhor, para que aqueles que haviam sido mordidos por serpentes venenosas ficassem curados somente olhando a efígie, e essa imagem recebeu culto oficial até que o rei Ezequias a destruiu no ano 680 a.C., uns 300 anos depois de que Salomão edificara seu Templo, pelo qual é de supor que também ela, como o "mar de bronze", figurou entre as sagradas representações da divindade na "casa do Senhor".
As piscinas milagrosas
Quanto aos "mares de bronze" e as piscinas e tanques sagrados, bem próximo da salomônica estava a piscina de Shilon (Siloé), cuja fama milagrosa em seguida tentaremos explicar, mas o fato é que tais construções sagradas não faltavam nunca nos santuários e enterros das culturas sumério-megalíticas e pós-megalíticas dos povos do mar; recordemos, de passagem, o célebre tanque sagrado de Oanes em Ur, o de Karnak no Egito, a piscina sagrada de Mohenjo-Daro e o lago Titicaca dos Unis préincáicos, assim como o costume de construir tumbas e sepulcros em cima dos lençóis freáticos ou nas proximidades de rios e lagos, para que os mortos recebessem o influxo benéfico da "água vital"; e não havia água nem subterrânea nem nas proximidades, então costumavam colocar ao lado do morto muitos recipientes cheios.
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Não nos estendemos sem intenção acerca da importância da água nas antigas culturas e civilizações, mas todavia não chegou o momento de oferecer uma explicação na qual este ele mento possa figurar como a chave de todas as artes esotéricas e ciências ocultas, antes e depois de Salomão; tal chave a descobriremos e usaremos depois de haver tratado de outras peças essenciais que integram a estrutura básica de todas as práticas mágicas, e quando esse momento chegar a surpresa será desconcertante.
Um altar de bronze
Muita atenção com o altar dos holocaustos. Segundo a descrição de Ezequiel, estava feito também de bronze, e tinha a forma de um "ziggurat" de três pisos, cada um dois côvados mais curto que o inferior. A estrutura inteira, estimada em 11 côvados de altura, descansava sobre uma base de 18 côvados quadrados. Para subir aos três pisos havia uma escada. Todo o conjunto era chamado "harel", que significava "a montanha do Senhor", igual ao "ziggurat" caldeus e babilônios, e as pirâmides pré-colombianas da América. No terraço superior, os parapeitos tinham nos quatro cantos projeções ponteagudas em forma análoga aos apêndices de todos os altares fenícios e palestinos. Os holocaustos eram realizados nesse terraço, considerado a "morada dos deuses ou forças cósmicas", e a plataforma de rocha sobre a qual descansava o harel era denominada "a entrada da Terra" (o En-Ki dos sumérios). O harel de bronze salomônico foi removido por Ahaz (736-716 a.C.) da rocha central do pátio. Em seu lugar foi erigido um novo altar segundo o modelo de pedra do templo de Hadad (Damasco), e remate da anterior construção, a antiga ara, uma vez situada no lado norte do terraço, passou a ser o altar privado dos reis, onde estes podiam celebrar seus holocaustos particulares.
Por quê o bronze?
Por que o harel ou "montanha do Senhor" do templo salomônico foi feito em bronze, e não de pedra, como o posterior que mandou construir Ahaz, e os anteriores caldeus, babilônios, fenícios, etc.? Por que os dois menires Jachin e Boaz, também foram feitos de bronze e não de pedra como desde sempre haviam sido feitos? Por quê ao invés de construir um tanque ou piscina, à maneira tradicional, Hiram e Salomão decidiram que era melhor construir o recipiente do "mar" em bronze? Em uma palavra, por quê essa preferência no uso do metal?, que segredo era ocultado atrás dele? Paciência, estamos nos aproximando à "grande sabedoria de Salomão", e vale a pena reter um pouco mais a resposta. Todas as peças vão encaixando...
O Bronze
O bronze (do persa biring, cobre) é o nome com o qual se denomina toda uma série de ligas metálicas que tem como base o cobre e proporções variáveis de outros elementos como estanho, zinco, alumínio, antimônio, fósforo e outros com o objetivo de obter características superiores a do cobre.
A conscientemente: consistia em misturar um mineral de cobre (calcopirita, malaquita ou outro) com o estanho (cassiterita) em um forno alimentado com carbono (carvão) vegetal. O anidrido carbônico reduz os minerais a metais: cobre e estanho que se fundem e se ligam entre 5 a 10% de estanho.
De bronze foram as primeiras armas e ferramentas, também utilizado para a produção de estátuas.
Material que, polido, chega ao amarelo ouro, o mais usado no campo da escultura. Sua grande popularidade se deve à sua enorme resistência estrutural, à não corrosão atmosférica, à facilidade de fundição e uma capacidade de acabamento que permite excelente polimento ou o uso de diversas cores e tipos de pátinas.
O bronze não é um metal puro, e sim uma liga, basicamente de cobre + zinco + estanho + chumbo (podendo ter outros metais) e seu ponto de fusão varia entre 900-925/985-1000ºC.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bronze Gostou deste texto? Envie para um amigo!
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Arca da Aliança
A Arca da Aliança é descrita na Bíblia como o objeto em que as tábuas dos Dez mandamentos teriam sido guardadas, e também como veículo de comunicação entre Deus e seu povo escolhido. A Arca foi objeto de veneração entre os hebreus até seu desaparecimento, especula-se que ocorreu na conquista de Jerusalém por Nabucodonosor, segundo o livro de II Macabeus, o profeta Jeremias foi o responsável por esconder a Arca.
A Arca é primeiro mencionada no livro do Êxodo. Sua construção é orientada por Moisés, que por sua vez recebera instruções divinas quanto à forma e tamanho do objeto. Na Arca estavam guardadas as duas tábuas da lei; a vara de Aarão; e um vaso do maná. Estas três coisas representavam a aliança de Iahweh com o povo de Israel, para judeus e cristãos a Arca não era só uma representação, mas era a própria presença de Deus.
Construção
A bíblia descreve a Arca da Aliança (Êxodo 25:10 a 16) da seguinte forma: caixa e tampa de madeira de acácia, com 2 côvados e meio de comprimento (um metro e onze centímetros ou 111cm), e um côvado e meio de largura e altura (66,6 cm). Cobriu-se de ouro puro por dentro e por fora.
Para transportá-la foram colocadas quatro argolas de ouro puro, cada uma, nas quatro laterais da mesma, duas de um lado e duas do outro, para que varais pudessem ser encaixados. As varas para este transporte eram de acácia também e toda recoberta de ouro puro. As varas eram metidas nas argolas de ouro e assim a Arca da Aliança era transportada pelo meio do povo. Os varais não podiam ser retirados da arca após sua colocação.
Sobre a tampa, chamada Propiciatório "o Kapporeth"(Êxodo 25: 17 a 22), foram esculpidos dois querubins de ouro ajoelhados de frente um do outro, com os rostos voltados um para o outro, com as asas esticadas para frente, tocando-se na extermidade. Suas faces eram voltadas uma para a outra e as asas cobriam o propiciatório encontrando-se como um arco. Esta peça era uma peça só, não sendo fundidas em separado. Segundo relato do verso 22, Deus se fazia presente no propiciatório no meio dos dois Querubins de ouro em uma presença misteriosa que os Judeus chamavam Shekinah ou presença de Deus.
Foi colocado dentro da Arca as Tábuas com os Dez Mandamentos escritos por Deus, um pote com Maná e o Cajado de Arão que floresceu.
A Arca fazia parte do conjunto do Tabernáculo, com outras tantas especificações. Ela ficaria repousada sobre um altar também de madeira coberto de ouro, com uma coroa de ouro ao redor. Como os hebreus ainda vagavam pelo deserto no momento da construção da arca, esta precisava ser carregada, e por isso a previsão para os varais.
Somente os sacerdotes poderiam transportar a arca ou tocá-la e no dia da expiação, quando o Shekiná se manifestava, somente o Sumo-Sacerdote poderia adentrar no templo. Estando ele em pecado, morreria instantaneamente.
Outros relatos Bíblicos se referem ao roubo da arca por outros povos inimigos de Israel, que sofreram chagas e doenças enquanto tinham a arca em seu poder. Homens que a tocavam que não eram levitas ou sacerdotes morriam instantaneamente.
Função e simbologia
A partir do momento em que as tábuas dos Dez Mandamentos foram repousadas no interior da Arca e esta foi fechada, ela é tratada como o objeto mais sagrado, como a própria representação de Deus na Terra. A Bíblia relata complexos rituais para se estar em presença da Arca dentro do Tabernáculo (o que normalmente era feito por Moisés ou algum sacerdote levita).
Segundo os relatos, Deus revelava-se como uma figura etérea que se manifestava sobre os querubins que esticavam suas asas sobre a Arca. Tocar a Arca era um ato de atrevimento punido severamente, e a Bíblia conta de alguns casos em que pessoas tiveram morte instantânea apenas por tocar na Arca (em I Samuel, um israelita tenta agarrar a Arca que está caindo no chão, e mesmo assim é morto). Os varais permitiriam que ela fosse transportada sem que fosse tocada.
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