Lindas poesias de natal de Fernando Pessoa - O sino

Poemas natalinos e de Ano Novo de Fernando Pessoa, o grande poeta português, uma seleção para Natal e Ano Novo.

poemas de natal e ano novo de Fernando Pessoa

Nada melhor do que declamar uma poesia de natal para a pessoa amada. Escolhemos essa linda poesia de Fernando Pessoa sobre o natal, que consegue captar a aura de mistério e fé que envolvem o Natal, um dos maiores poetas da língua portuguesa, escreveu várias poesias com temas natalinos.

As festas de fim de ano são momentos de reunião familiar e pessoas queridas que fazem parte de nossas vidas, com mensagem de Natal e Ano Novo emocione, inspire, declame, leve um pouco de poesia para os ouvidos e para a vida de quem você quer bem. Veja mais: Poemas de Natal e Ano Novo | Poemas de Natal de Fernando Pessoa.

Esta bela mensagem de Natal foi escrita por Fernando Pessoa no Natal do marcante ano de 1922, em que ocorreu a semana de arte moderna brasileira. Veja mais: Poemas de Natal e Ano Novo | Poemas de Natal de Fernando Pessoa.

Poemas de Natal e Ano Novo - Fernando Pessoa

Nasce um deus. Outros morrem. A Verdade
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.

Cega, a Ciência a inútil gleba lavra.
Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.
Um novo deus é só uma palavra.
Não procures nem creias: tudo é oculto.

Mensagem de Ano Novo composta pelo poeta Fernando Pessoa

Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.
Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui onde se vê.
Começar só começa em pensamento

Fernando Pessoa é famoso por seus heterônimos, numa passagem de sua vida os biógrafos citam que ao se atrasar para um encontro com o também escritor português José Régio, Pessoa disse ser Álvaro de Campos, um de seus heterônimos e pediu desculpas por Fernando Pessoa não poder ter comparecido ao encontro. A excentricidade de um gênio!

Natal - Fernando Pessoa

poesias de natal de Fernando Pessoa

O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.

E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.

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